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17 de julho: um chamado à proteção das florestas e a luta pela sustentabilidade

  • Foto do escritor: VBIO
    VBIO
  • 17 de jul.
  • 4 min de leitura
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O dia 17 de julho marca o Dia de Proteção às Florestas, uma data crucial para conscientizar a sociedade sobre a importância vital de preservar esses ecossistemas, no Brasil e no mundo.


A origem da data: folclore e homenagens


A escolha dessa data está tradicionalmente associada ao Curupira, figura emblemática do folclore brasileiro. Com cabelos vermelhos e pés voltados para trás, o Curupira protege as florestas, confundindo caçadores e inimigos, defendendo-as de ameaças como o desmatamento e a caça ilegal - e, segundo a lenda, até ressuscitando animais mortos.


Contudo, algumas fontes sugerem que a data também homenageia a Dra. Maria Montessori, educadora italiana do século XX. Montessori promoveu uma educação baseada no respeito pela natureza e no desenvolvimento humano, destacando as florestas como espaços de aprendizagem e conexão com o mundo natural. Para ela, cultivar o amor pela natureza nas crianças era preparar futuras gerações para proteger o meio ambiente. Seu legado permanece como um pilar da educação ambiental e da consciência ecológica.


A inestimável importância das florestas


Independentemente da origem da data, as florestas desempenham papéis essenciais para o equilíbrio ambiental e a sobrevivência humana:


  • Biodiversidade: abrigam milhões de espécies de fauna e flora — muitas ainda não descobertas. O Brasil concentra cerca de 20% da biodiversidade global, especialmente na Floresta Amazônica. A perda dessas áreas resulta em desequilíbrio ecológico e extinção de espécies.


  • Regulação climática: as florestas absorvem dióxido de carbono, liberam oxigênio e regulam a umidade e os ciclos de chuva por meio da evapotranspiração, conhecida como "bomba biótica de umidade".


  • Recursos hídricos: funcionam como “esponjas naturais”, armazenando água em aquíferos e liberando-a gradualmente. Contribuem para a formação de nuvens e o abastecimento de rios, sendo essenciais para a agricultura, a geração de energia e o abastecimento humano.


  • Recursos naturais: fornecem água, alimentos, remédios e matérias-primas indispensáveis à vida humana.


  • Funções sociais e econômicas: geram empregos, renda e impulsionam o turismo sustentável, fortalecendo economias locais.


Ameaças constantes e a urgência da conservação


Apesar de sua importância, as florestas brasileiras enfrentam ameaças severas: desmatamento, queimadas, extração ilegal de madeira, expansão agropecuária e mineração.


O Brasil é o segundo país com maior área florestal do mundo, com aproximadamente 500 milhões de hectares de florestas naturais e plantadas, o que representa 59% do território nacional. No entanto, a Amazônia, maior floresta tropical do planeta, vem sofrendo perdas alarmantes. Somente nos cinco primeiros meses de 2022, foram devastados mais de dois mil campos de futebol de mata nativa por dia, o maior índice em 15 anos. Estados como Amazonas, Pará e Mato Grosso concentram mais de 81% do desmatamento da Amazônia Legal.


As consequências incluem:

  • Perda irreversível de biodiversidade

  • Aceleração das mudanças climáticas

  • Desertificação de áreas verdes

  • Danos sociais e econômicos para populações vulneráveis


O Pará, por exemplo, abriga 9% das florestas tropicais do mundo, mas foi o segundo estado que mais desmatou em 2022, com cerca de 471 km² destruídos, atingindo inclusive unidades de conservação e terras indígenas.


Os verdadeiros "protetores das florestas"


Se o Curupira é um símbolo folclórico, os protetores reais das florestas são ativistas, biólogos, engenheiros florestais, educadores e lideranças que atuam na linha de frente da conservação, muitas vezes sob ameaça.


Além disso, comunidades tradicionais e povos indígenas são os guardiões naturais desses territórios. Estudos mostram que as taxas de desmatamento em terras indígenas são significativamente menores, graças ao manejo sustentável e ao conhecimento ancestral desses povos.


Como contribuir para a proteção das florestas


A preservação das florestas exige a participação de todos. Entre as ações que você pode adotar:

  • Consumo consciente: prefira produtos de origem sustentável e certificada. Valorize empresas com práticas responsáveis.


  • Apoio ao reflorestamento: participe de projetos locais ou contribua com organizações que trabalham na recuperação de áreas degradadas.


  • Redução de resíduos: evite desperdícios e pratique a reciclagem para reduzir a demanda por recursos naturais.


  • Conscientização e engajamento: compartilhe informações, apoie campanhas e promova o debate sobre a importância das florestas.


  • Educação ambiental: incentive a conexão das futuras gerações com a natureza e os recursos hídricos.


  • Fomento à bioeconomia: comprar produtos que valorizam a floresta em pé é uma maneira de incentivar a conservação e evitar o desmatamento.


A atuação da VBIO na transformação sustentável


A VBIO atua para transformar a floresta em fonte de renda sustentável, promovendo a conservação e melhorando a qualidade de vida das comunidades locais. Desenvolvemos projetos voltados à bioeconomia, conectando preservação ambiental e desenvolvimento humano.


Atuamos em todos os biomas brasileiros com projetos que capacitam comunidades, fortalecem cadeias produtivas sustentáveis, promovem o empoderamento feminino e conservam a biodiversidade, sempre alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.


O futuro depende das nossas escolhas


Proteger as florestas é investir no futuro da biodiversidade, do clima, da água e das próximas gerações. É preciso continuar lutando, pois os interesses econômicos jamais devem prevalecer sobre o equilíbrio do planeta.


Quer apoiar um projeto de conservação florestal? Acesse www.vbio.eco e descubra como fazer parte dessa transformação.


 
 
 
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