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Projeto finalizado  |  Desenvolvimento Comunitário

Produtores de Hypnea

Localização

Município de Trairi, no estado do Ceará. Esse município, localizado no litoral cearense, tem sua economia baseada principalmente no comércio de produtos e serviços promovidos pelo turismo. Segundo estudo da Secretaria de Turismo do Governo do Estado do Ceará, o município de Trairi recebe mais de 35 mil turistas por ano.   

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As praias de Flecheiras e Guajirú, contempladas pelo projeto, estão entre as mais bonitas do estado, e também contribuem para o desenvolvimento da pesca. Já a praia de Mundaú é casa de um dos maiores parques eólicos do estado.  

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Porém, ao mesmo tempo em que desponta para um promissor futuro no desenvolvimento de uma economia baseada na exploração sustentável dos recursos naturais, o município possui 30% da população com renda familiar abaixo do salário-mínimo, e sem acesso a saneamento e água.  

Espécie: Macroalga marinha (Hypnea pseudomusciformis)

As macroalgas marinhas apresentam grande interesse comercial, tanto para consumo direto, como alimento humano e animal, ou para matéria prima das indústrias cosmética, alimentícia, agrícola e farmacêutica.  

  

Mais especificamente, a espécie H. pseudomisciformis é muito explorada para a extração da carragena – utilizada como estabilizante, gelificante e espessante, pois a possui em elevada quantidade e qualidade.  

  

Apesar da elevada exploração comercial, faz pouco tempo que foi desenvolvida uma técnica para o seu cultivo. A região nordeste é a mais favorável para o seu cultivo, porque este pode ser realizado o ano todo com elevada produtividade. Feito em mar aberto ou em baias, o cultivo da macroalga se dá em balsas, long-lines, ou balsas. 

História da comunidade

As comunidades de Flecheiras e Guajiru praticam a algicultura (cultivo de algas) de modo rudimentar, como atividade de renda familiar complementar à pesca. No entanto, o cultivo de algas ainda está em estágios iniciais e enfrenta desafios, como o baixo valor pago pelo mercado em relação ao custo de produção da alga pela comunidade. Como resultado, a demanda pela biomassa pode levar à depleção dos bancos naturais em vez de promover o cultivo sustentável. 

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A algicultura pode ser uma alternativa sustentável para produção e geração de renda nas comunidades costeiras. No entanto, a atividade precisa ser bem estruturada para gerar esses benefícios. Isso é possível com a realização de atividades adequadas de manejo do processo produtivo, bem como treinamento e capacitação para realizar cultivos produtivos e geradores de renda para melhoria da qualidade de vida das pessoas.   

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Do contrário, os algicultores continuarão sem o sustento econômico da atividade e colocando em risco os bancos naturais de macroalgas, com sérios riscos de extinção do recurso. Para resolver esse desafio, nesse projeto, foi implantado o cultivo da macroalga H. pseudomusciformis, usando uma tecnologia previamente desenvolvida por parte da equipe do projeto, em conjunto com a própria comunidade. 

Impactos históricos:

2019 – Patenteamento da técnica de cultivo de macroalga desenvolvida entre a equipe do projeto e as comunidades 

2022 - Formalização do apoio do Boticário ao projeto Produtores de Hypnea. 

2023 - Início da operação do projeto em junho, com desenvolvimento do Plano de Negócios e Plano de Visitação

2024 - Finalização do projeto em janeiro 

Nome completo:

Produção sustentável da alga hypnea e educação para o mar em comunidades tradicionais.

Duração:

06 meses.

Bioma:

Ecossistemas marinhos.

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS):

O projeto

O projeto “Produtores de Hypnea” teve como principal objetivo implantar um sistema de produção da macroalga Hypnea pseudomusciformis em uma comunidade litorânea tradicional, aproveitando o potencial turístico e educacional para promover a cultura para a conservação da biodiversidade marinha e educação para o mar na década dos oceanos.  

Assim, foi possível obter uma produção sustentável para garantir a conservação dos bancos naturais, além de desenvolver o turismo sustentável na região a partir da capacitação de agentes de conservação e educação para o mar, proporcionando mais uma fonte de renda para a comunidade.

1

fazenda de produção de Hypnea, sustentável e lucrativa;

1.465

kg de potencial de produção de algas por ano 

358.770

reais em potencial de receita líquida ao ano decorrente da comercialização da produção e do turismo

5

produtores ribeirinhos treinados para produção de alga 

11

pessoas das comunidades treinadas como agentes de conservação da biodiversidade e promotores da educação para o mar 

Impactos do

projeto

Atividades do projeto

Elaboração de um projeto de produção sustentável da macroalga Hypnea pseudomusciformis adequado à realidade da comunidade de Flecheiras e Guagiru, e instalação da unidade produtiva 

O projeto de cultivo da macroalga H. pseudomusciformis foi planejado usando tecnologia previamente desenvolvida por parte da equipe na própria comunidade. Foi planejada uma fazenda piloto com aproximadamente 0,35 ha de área marítima, além de um plano de negócios com previsão de comercialização como alimento, estimulante agrícola e matéria prima para indústria de cosméticos. Os protocolos de manejo do cultivo, secagem e extração glicólica foram padronizados dentro das normas de qualidade, de acordo com a tecnologia previamente citada.   

Treinamento para o cultivo sustentável, produtivo e rentável, com base em tecnologia patenteada 

Os membros da comunidade interessados receberam treinamento para a coleta das mudas de modo a conservar os bancos naturais. Eles também foram treinados para a instalação das estruturas de longlines para produção, amarração das mudas nas cordas, manejo durante o cultivo e colheita. Além disso, foi dado treinamento para o pré-processamento dentro dos protocolos estabelecidos. 

Plano de visitação para turistas e treinamento de guias e monitores ambientais 

Foi elaborado um plano de visitação, a partir de diagnóstico à distância e levantamento dos potenciais e desafios socioambientais locais. O plano elaborado foi apresentado à comunidade por meio de treinamento da mesma como agentes de conservação e educação para o mar, e abordou temas como ecologia e sustentabilidade marinha, o cultivo sustentável da macroalga, princípios e diretrizes da educação para o mar, roteiro de visitação, técnicas de mediação e recepção de visitantes. 

Realização

Grupo Boticário

Um dos maiores grupos de beleza do mundo, o Grupo Boticário é uma empresa brasileira presente em 50 países. É dono das marcas O Boticário, Eudora, Quem Disse, Berenice?; BeautyBox, Vult, O.u.i, Dr. JONES, Truss e do marketplace Beleza na Web, além de atuar com produtos licenciados como Australian Gold e sua divisão para o mercado B2B. Essa interação entre diferentes marcas, ativos, plataformas, rede de franqueados, representantes, distribuidores, varejistas, sellers e fornecedores formam o ecossistema de beleza do Grupo Boticário que oferece, ainda, soluções digitais de gestão de negócio para o varejo brasileiro por meio das suas marcas Mooz, Casa Magalhães e GAVB. São mais de 15 mil colaboradores diretos, com mais de 4 mil pontos de venda em 1.780 cidades brasileiras.

Pautada por uma atuação responsável com o planeta, a sociedade e os consumidores, a empresa tem o ESG embutido em seu modelo de negócios. Até 2030, o Grupo prevê ampliar o impacto positivo para a sociedade por meio da gestão de resíduos com a plataforma “Uma Beleza de Futuro”, que reúne compromissos ambiciosos voltados para as dimensões humanas, ambientais e nossos processos produtivos.

A história do Grupo Boticário começou em 1977 em uma pequena farmácia de manipulação no Paraná e hoje agrega laboratório, fábrica, inovação, tecnologia, logística, marketing e varejo, em um ecossistema de 64 mil pontos de venda no varejo, parceiros e fornecedores.  A empresa atua ainda nas frentes ambientais, sociais e culturais e conta também com atuação da Fundação Grupo Boticário e Instituto Grupo Boticário. Conheça mais em www.grupoboticario.com.br

Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino e Extensão

Criada em 1979, é uma instituição conveniada da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), com a finalidade de estabelecer e regulamentar programas de cooperação acadêmica nas áreas de atuação e de interesses comuns, em especial com a Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – FCAV, Campus de Jaboticabal - SP.

Fubá Educação Ambiental

A Fubá Educação Ambiental é uma startup socioambiental criada em 2015 com o objetivo de promover experiências educativas transformadoras e inclusivas. Possui uma equipe multidisciplinar 70% feminina. Já atendeu mais de 50 clientes espalhados por 21 estados brasileiros e mais de 85 mil pessoas. Uniu ecoturismo, educação ambiental, tecnologia e acessibilidade no desenvolvimento de sete aplicativos educativos.

VBIO.eco

Plataforma de bioeconomia que viabiliza projetos de valorização da biodiversidade brasileira. Conta com uma equipe multidisciplinar com mais de 12 anos de experiência em gestão de projetos e comunicação corporativa. Sua atuação já viabilizou a operação de 23 projetos de valorização da biodiversidade, e criou uma rede de mais de 500 organizações e empresas atuantes na causa socioambiental. 

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