top of page
pequi (1).jpg

Projeto em Execução  |  Desenvolvimento comunitário

Frutos do Cerrado

Localização

O projeto será desenvolvido em 32 municípios do norte do estado e Minas Gerais, região de rica biodiversidade, e com grande possibilidade de desenvolvimento de uma variedade de produtos e serviços que podem se destacar regionalmente e nacionalmente pela qualidade que possuem. 

 

Porém, nessa região, é perceptível que algumas práticas conservacionistas do Cerrado não são implementadas por falta de incentivo e conscientização das famílias de comunidades rurais, assim como por falta de valorização comercial dos produtos oriundos do agroextrativismo. 

Espécies: Pequi (Caryocar brasiliense) e Coquinho azedo (butia capitata)

O Pequi é um fruto típico do Cerrado, cujo nome vem do Tupi e significa “pele espinhenta”. Isso porque no fruto, embaixo da polpa, há uma camada de espinhos muito finos.

 

O Pequi é o fruto do Cerrado mais consumido e comercializado, além de ser um dos mais bem estudados quanto aos seus aspectos nutricional, ecológico e econômico. Por exemplo, sabe-se que sua polpa possui o dobro de vitamina C de uma laranja.

 

Extremamente importante para as populações agroextrativistas da região, alguns extrativistas chegam a obter até 80% da sua renda através da cadeia produtiva do fruto.

 

Já o coquinho-azedo é uma palmeira que ocorre tanto no Cerrado quanto na Mata Atlântica. Também conhecido como Butiá, seus frutos possuem uma polpa de sabor azedo e adocicado, rico em fibras, vitaminas A e C e potássio.

 

Devido ao seu alto potencial nutricional, ele tem sido utilizado em alguns estados como opção no cardápio escolar. 

História da comunidade

Atualmente, muitas das famílias agroextrativistas no norte mineiro vivem em municípios de baixo IDH, localizados em áreas muito periféricas em relação aos grandes centros urbanos, e longe das melhores oportunidades de qualificação e comercialização. A grande maioria dessas famílias são gerenciadas por mulheres, que ocupam pequenas parcelas de terra, e precisam complementar sua baixa renda com o extrativismo sustentável.

 

Porém, o norte do estado de Minas Gerais oferece um grande potencial para o desenvolvimento da sociobiodiversidade, desde que dadas as condições para que esta progrida e garanta a qualidade de vida das famílias. Essas comunidades já fazem uso dos frutos nativos na sua alimentação e geração de renda, de forma que o incentivo para a qualificação e formalização desse trabalho contribuirá com a segurança alimentar das famílias e com o aquecimento da economia local.

 

A Cooperativa Grande Sertão tem como missão congregar esses agricultores e extrativistas, para beneficiar e comercializar os seus produtos, visando a melhoria de sua qualidade de vida e a proteção do meio ambiente. A partir da discussão de novos conceitos, apresenta soluções e estratégias de atividades colaborativas com o intuito de promover o fortalecimento dessas comunidades. Dentre as ações, destaca-se um processo contínuo de transferência e construção do conhecimento, com práticas de formação em associativismo e cooperativismo, boas práticas de produção, gestão e conservação dos territórios rurais onde se pratica o agroextrativismo sustentável.

Impactos históricos:

1996 – Em parceria com o CCA/NM é construída uma pequena fábrica experimental para processamento de frutos do Cerrado 

1998 – Quatro agricultores familiares fundam a empresa social “Grande Sertão Produtos Alimentícios” 

2003 – É constituída a Cooperativa Grande Sertão 

2022 – Formalização do apoio ao projeto pela Haskell Cosméticos 

2023 – Início da operação do projeto “Frutos do Cerrado” 

Relatórios

Nome completo:

Frutos do Cerrado: Fortalecimento da cadeia produtiva do Pequi (Caryocar brasiliense) e Coquinho Azedo (Butia capitata) no norte do Estado de Minas Gerais.

Duração:

12 meses.

Bioma:

Cerrado.

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS):

O projeto

Fortalecimento das cadeias produtivas do pequi e coquinho azedo junto às comunidades extrativistas do norte de Minas Gerais, agregando valor aos produtos através da assistência técnica, melhoria no processo de beneficiamento e ampliação da estrutura de armazenamento dos produtos para a comercialização.

 

Com isso, será possível promover o crescimento econômico inclusivo e a redução da desigualdade na região norte do estado de Minas Gerais, a partir do fomento ao desenvolvimento de produtos de qualidade com maior valor agregado disponíveis no mercado, conexão entre as iniciativas produtivas e agroalimentares, e construção de novos canais de comercialização. Um outro ponto importante será a difusão do conhecimento sobre a conservação de espécies de plantas e o manejo sustentável dos frutos do bioma Cerrado, além do desenvolvimento territorial de uma região onde vivem cerca de dois milhões de habitantes. 

200

famílias de agricultores(as) extrativistas diretamente beneficiadas.

60

extrativistas capacitados para o manejo sustentável, boas práticas de higiene e beneficiamento.

150

hectares de área mapeada para verificação dos processos de conservação e necessidades de construção de novas estratégicas de manejo sustentável do pequi e coquinho azedo.

01

Manual de extrativismo sustentável do pequi e coquinho azedo.

40

m² de infraestrutura agroindustrial reformada.

5%

de aumento no volume de matéria-prima do Cerrado entregue para a Cooperativa e comercializada para o mercado.

Impactos do

projeto

Atividades do projeto

Objetivo específico 1: Estabelecer um protocolo de boas práticas de manejo do Pequi e do Coquinho-azedo

Serão realizadas reuniões técnicas entre a equipe do projeto, e visitas às comunidades produtoras para cadastramento e monitoramento das atividades realizadas pelas famílias extrativistas; mapeamento das áreas de ocorrência das espécies, garantindo a rastreabilidade dos produtos; e capacitação sobre boas práticas de manejo para o extrativismo sustentável. 

Objetivo específico 2: Agregar valor aos produtos através de investimento em infraestrutura de beneficiamento e equipamentos

Serão realizadas atividades de adequação de uma instalação agroindustrial de 40m², para viabilizar a legalização sanitária junto ao VISA – Vigilância Sanitária Municipal; além de aquisição de equipamentos e utensílios como caixas, freezers e congeladores para aumentar a capacidade produtiva e de armazenamento. Por fim, será oferecida uma capacitação para potencializar a troca de conhecimento entre extrativistas e equipe técnica sobre boas práticas de fabricação, higiene e manipulação dos produtos.

Realização

Haskell Cosméticos

A Haskell Cosméticos é uma Companhia do setor de cosméticos, que desenvolve cosméticos com ativos naturais, com fórmulas mais vegetalizadas e de alta performance. Seu foco está em ingredientes naturais da biodiversidade brasileira, como murumuru, cupuaçu, castanha-do-pará, jaborandi, entre outros. Tem o propósito de protagonizar um presente de beleza, autoestima e bem-estar, caminhando para um futuro de sustentabilidade e valores compartilhados.

Cooperativa Grande Sertão

A Cooperativa dos Agricultores Familiares e Agroextrativistas Grande Sertão (Cooperativa Grande Sertão), foi constituída em 2003, com a missão de congregar agricultores familiares e extrativistas do Norte de Minas. Busca beneficiar e comercializar diferentes produtos do semiárido, desenvolvidos de acordo com os princípios agroecológicos. Com Sede em Montes Claros, Minas Gerais, suas atividades envolvem mais de 2 mil famílias.

VBIO.eco

Plataforma de bioeconomia que viabiliza projetos de valorização da biodiversidade brasileira. Conta com uma equipe multidisciplinar com mais de 12 anos de experiência em gestão de projetos e comunicação corporativa. Sua atuação já viabilizou a operação de 23 projetos de valorização da biodiversidade, e criou uma rede de mais de 500 organizações e empresas atuantes na causa socioambiental.

bottom of page