top of page
carnaubal_-Foto_Fabio-Barong-(2).jpg

Projeto em Execução  |  Desenvolvimento Comunitário

Programa Carnaúba Sustentável

Localização

O projeto será desenvolvido em uma comunidade extrativista pré-selecionada no Ceará, dentre aquelas consideradas polos de produção de cera de carnaúba no estado (Granja, Morrinhos, Marco, Massapê, Cariré e Miraíma). O Ceará é o principal produtor nacional de cera de carnaúba.

Espécie: Carnaúba

(Copernicia cerifera) 

A carnaúba é uma palmeira nativa do nordeste brasileiro, e o seu uso é secular. Imprescindível para o equilíbrio ecossistêmico, auxilia na conservação dos solos, protege os rios da erosão e do assoreamento, seu tronco pode ser abrigo e seus frutos alimento para a fauna nativa.   

​ 

A cadeia da carnaúba é uma experiência única de extrativismo sustentável no mundo, pois a atividade econômica é essencial à sobrevivência da espécie vegetal explorada. Os carnaubais não explorados são dizimados pela espécie invasora unha-do-diabo.   

​ 

Toda a cadeia depende de um processo que envolve cerca de 100.000 pessoas no Ceará, desde o corte das palhas, que é feito pelo vareiro com a sua vara de 10 mts cortando as palhas. A secagem das palhas é feita nos estaleiros, e após 10 dias de secagem retira-se o pó para preparo da cera vegetal. O Brasil é o único exportador de cera de carnaúba, utilizada na fabricação de cosméticos, cápsulas de remédios, vernizes, sabonetes, lubrificantes, etc. 

História da comunidade

O “Programa Carnaúba Sustentável” terá como público-alvo em torno de 40 famílias que atuam na base da cadeia da carnaúba, são eles: os trabalhadores extrativistas e pequenos produtores rurais responsáveis pela venda de pó para as indústrias refinadoras de cera.  

  

A carnaúba propicia que muitos trabalhadores rurais tenham uma atividade rentável no período de estiagem na Caatinga, especialmente entre agosto e dezembro, época da colheita das palhas. Para a população do campo isso é muito relevante, já que a agricultura familiar no semiárido brasileiro é, em grande parte, dependente do regime de chuvas, que dura normalmente os quatros (04) primeiros meses de cada ano.  

   

Porém, o seu extrativismo é uma atividade tradicional que, historicamente, teve poucas atualizações e inovações no modo produtivo, de forma que seus principais desafios são decorrentes das técnicas de manejo inadequadas, da falta de tecnologias de otimização da produtividade e da desatenção à legislação trabalhista.   

​ 

O modelo atual de funcionamento da cadeia da carnaúba encontra-se, então, comprometido pela informalidade, falta de condições de saúde e segurança, falta de acesso à informação, baixa lucratividade, dependência de intermediários e perdas importantes na produtividade do pó cerífero, chegando a até 50%.  

  

Dessa forma, as atividades do projeto convergem para a atuação sobre esses gargalos e construção de uma comunidade modelo, viável e formalizada no extrativismo da carnaúba, com saúde, segurança no trabalho e eficiência produtiva, de modo a incentivar outros produtores a buscarem as mesmas transformações realizadas por essa iniciativa.

Impactos históricos:

1998 — Fundação da Associação Caatinga  

2016 — Início da execução de projetos voltados para a qualificação da cadeia produtiva da carnaúba em parceria com diversas instituições  

2022 — Formalização do apoio do Boticário ao projeto.  

2023 — Início da operação do projeto 

Jul/23 — Seleção da comunidade carnaubeira 

Nome completo:

Projeto Carnaúba Sustentável: Fortalecendo a cadeia produtiva da Carnaúba

Duração:

12 meses.

Bioma:

Caatinga

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS):

O projeto

O objetivo do “Programa Carnaúba Sustentável” é qualificar a cadeia produtiva da carnaúba por meio de processo educativo e de capacitação, com o incremento de organização, formalização, saúde e segurança no trabalho, produtividade e ganhos de renda em uma comunidade carnaubeira, a fim de constituir uma experiência modelo, com potencial de replicabilidade em outras áreas produtoras de pó cerífero.

40

famílias carnaubeiras treinadas para boas práticas de manejo da carnaúba e uso de EPIs;

1

acordo coletivo de produção formal em vigor;

1

secador solar adaptado, implantado e utilizado;

12

visitas de monitoramento realizadas.

Impactos do

projeto

Atividades do projeto

Objetivo Específico 1 - Contribuir para a profissionalização e modernização da cadeia da carnaúba.

Essa atividade envolverá a formalização de um acordo coletivo de trabalho e produção com a comunidade selecionada. O processo será orientado e acompanhado por especialistas como contador e advogado, e visará o estabelecimento dos direitos e deveres de cada ator do processo. Ainda, será oferecida uma oficina de nivelamento das boas práticas para a cadeia da carnaúba, com o objetivo de suprir a lacuna do baixo acesso à informação pelas comunidades rurais, e visa difundir e motivar as comunidades carnaubeiras a avançarem rumo à modernização e qualificação da cadeia. 

Objetivo Específico 2 - Melhorar a produtividade, as condições de saúde e segurança laboral do carnaubeiro, e difundir as técnicas de rastreabilidade.

Será oferecido treinamento para uso dos EPIs recomendados para a atividade, além da implantação de um secador solar que atenda a demanda produtiva da comunidade, com a adaptação de uma derriçadeira para a extração do pó cerífero, acompanhado e avaliado por um técnico consultor do projeto. Nesse equipamento, além do aumento do rendimento e qualidade do pó cerífero, há a redução do esforço por parte do trabalhador, pois as palhas não precisam ser viradas e trituradas para secar por completo e liberar o pó.  

Objetivo Específico 3 - Monitorar o desenvolvimento da comunidade e publicar os resultados ao final do projeto, a fim de difundir o modelo de trabalho.

Esse processo acompanhado provê a condição necessária para desenvolvimento das atividades do projeto, de forma que na sequência temporal, cada atividade desenvolvida entregue os pré-requisitos de competências (conhecimentos habilidades e atitudes) das atividades posteriores.

Realização

Grupo Boticário

Um dos maiores grupos de beleza do mundo, o Grupo Boticário é uma empresa brasileira presente em 50 países. É dono das marcas O Boticário, Eudora, Quem Disse, Berenice?; BeautyBox, Vult, O.u.i, Dr. JONES, Truss e do marketplace Beleza na Web, além de atuar com produtos licenciados como Australian Gold e sua divisão para o mercado B2B. Essa interação entre diferentes marcas, ativos, plataformas, rede de franqueados, representantes, distribuidores, varejistas, sellers e fornecedores formam o ecossistema de beleza do Grupo Boticário que oferece, ainda, soluções digitais de gestão de negócio para o varejo brasileiro por meio das suas marcas Mooz, Casa Magalhães e GAVB. São mais de 15 mil colaboradores diretos, com mais de 4 mil pontos de venda em 1.780 cidades brasileiras.

Pautada por uma atuação responsável com o planeta, a sociedade e os consumidores, a empresa tem o ESG embutido em seu modelo de negócios. Até 2030, o Grupo prevê ampliar o impacto positivo para a sociedade por meio da gestão de resíduos com a plataforma “Uma Beleza de Futuro”, que reúne compromissos ambiciosos voltados para as dimensões humanas, ambientais e nossos processos produtivos.

A história do Grupo Boticário começou em 1977 em uma pequena farmácia de manipulação no Paraná e hoje agrega laboratório, fábrica, inovação, tecnologia, logística, marketing e varejo, em um ecossistema de 64 mil pontos de venda no varejo, parceiros e fornecedores.  A empresa atua ainda nas frentes ambientais, sociais e culturais e conta também com atuação da Fundação Grupo Boticário e Instituto Grupo Boticário. Conheça mais em www.grupoboticario.com.br

Associação Caatinga

Fundada no Ceará em 1998, com o apoio do Fundo Samuel Johnson para a Conservação da Caatinga, tem a missão de promover a conservação das terras, florestas e águas deste bioma, garantindo a permanência de todas as suas formas de vida. Atua há 25 anos na conservação e valorização da única floresta exclusivamente brasileira, ameaçada e que concentra a maior biodiversidade entre as regiões semiáridas no planeta.

VBIO.eco

Plataforma de bioeconomia que viabiliza projetos de valorização da biodiversidade brasileira. Conta com uma equipe multidisciplinar com mais de 12 anos de experiência em gestão de projetos e comunicação corporativa. Sua atuação já viabilizou a operação de 23 projetos de valorização da biodiversidade, e criou uma rede de mais de 500 organizações e empresas atuantes na causa socioambiental. 

bottom of page