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Projeto em Execução  |  Desenvolvimento Comunitário

Buriti dos Sertões de Minas

Localização

50 comunidades rurais dos municípios de Montes Claros, Mirabela, Coração de Jesus, Ibiracatu, Januária, Brasília de Minas, Chapada Gaúcha, Lontra, Japonvar, São João da Ponte, São João das Missões, Miravânia, Montalvânia, Bonito de Minas, Cônego Marinho, São Francisco e Grão Mogol, no norte de Minas Gerais. 

Apesar do baixo IDH, essa região possui uma biodiversidade rica, e a possibilidade de desenvolvimento de uma variedade de produtos e serviços da bioeconomia que podem se destacar regionalmente e nacionalmente pela qualidade que possuem.  

Espécie: Buriti

(Mauritia flexuosa)

Palmeira nativa do Cerrado e da Amazônia, também conhecida como miriti ou palmeira-do-brejo, moriche, carangucha e aguaje. Ocorre naturalmente em áreas permanentemente alagadas, conhecidas como veredas ou brejos. Todas as partes da planta podem ser aproveitadas, e o seu fruto é um dos que mais contém vitamina A no mundo.  

Previamente ao período da safra, o coletor percorre os buritizais para contar e anotar o número de cachos, assim ele terá uma idéia de quanto poderá produzir. Nesse momento, ele já pode aproveitar para abrir carreiros, ou trilhas de coletas dentro da mata, ligando os pés dos buritis com cachos maduros. Assim, durante a safra, fica mais fácil fazer a coleta e transportar os frutos. 

Os frutos maduros são colhidos quando caem do pé, pois o corte dos cachos na palmeira é considerado mais demorado, perigoso, e muitos coletores dizem que cortar o cacho no pé faz com que o buriti dê menos frutos na próxima safra.

História da comunidade

Atualmente, as famílias agroextrativistas do Cerrado no norte mineiro vivem no meio rural, em municípios de baixo IDH, localizados em áreas muito periféricas em relação aos grandes centros urbanos, e possuem baixa renda. A grande maioria dos agroextrativistas são mulheres que ocupam pequenas parcelas de terra, e precisam complementar o extrativismo em áreas de terceiros e/ou adotar algumas práticas conservacionistas nas próprias propriedades para regeneração e/ou restauração dos ecossistemas. É perceptível que algumas práticas conservacionistas do Cerrado no norte mineiro não são levadas em consideração por falta de incentivo e conscientização das famílias e por falta de valorização comercial. 

Serão beneficiados diretamente aproximadamente 600 famílias de agricultores(as) familiares extrativistas, envolvidos nas atividades de coleta sustentável dos frutos do Cerrado, em especial o buriti. Adicionalmente, as mais de 1.000 famílias que estão envolvidas no trabalho da Cooperativa Grande Sertão também serão beneficiadas indiretamente com as ações do projeto. 

Impactos históricos:

2003 - Formalização da Cooperativa Grande Sertão  

2004 – Início da comercialização dos produtos 

2010 – Início da pesquisa para a produção de óleo de buriti e construção da fábrica de óleos 

2016 – Maior safra de buriti da Cooperativa 

2022 - Formalização do apoio do Boticário ao projeto “Buriti dos Sertões de Minas”

Relatórios

Nome completo:

Fortalecimento da cadeia produtiva do buriti (Mauritia flexuosa) no norte do Estado de Minas Gerais

Duração:

24 meses.

Bioma:

Cerrado.

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS):

O projeto

O projeto “Buriti dos Sertões de Minas” tem como principal objetivo investir na cadeia de valor do buriti (Mauritia flexuosa) e outros frutos do Cerrado, conectando essas iniciativas com os diferentes canais de comercialização, promovendo uma sinergia entre os empreendimentos locais e regionais, e envolvendo as comunidades extrativistas nos processos de formação, qualificação dos produtos e construção conjunta do conhecimento. Assim, espera-se contribuir com o desenvolvimento de produtos de qualidade com maior valor agregado disponíveis no mercado, favorecendo a geração de renda e aquecimento da economia nas comunidades.

50

comunidades extrativistas da cadeia produtiva do buriti e outros frutos do Cerrado beneficiadas

10%

de aumento no volume de produtos do Cerrado entregues comercializados pela cooperativa

400

hectares de área mapeada para verificação dos processos de conservação e necessidades de construção de novas estratégicas de manejo sustentável do buriti 

200

extrativistas capacitados para a produção sustentável e gestão territorial

1

depósito de pedido de registro de Indicação Geográfica para o buriti do norte de Minas Gerais

1

manual/protocolo de extrativismo sustentável do buriti

Impactos do

projeto

Atividades do projeto

Fortalecer a estruturação, divulgação e promoção da Cooperativa

Serão realizadas diversas reuniões com universidades e parceiros locais para construção de estratégias para a implementação das atividades, e divulgação das ações do projeto, além de intercâmbios técnicos com foco em construir novas parceiras comerciais para os produtos do Cerrado.

Investir em técnicas de uso sustentável e rastreabilidade do Buriti e outros frutos do Cerrado

Serão realizadas visitas técnicas às comunidades onde se pratica o extrativismo sustentável do buriti, para aplicação de questionário para cadastramento das famílias e obtenção de informações socioeconômicas e ambientais. Nesse momento, serão coletadas as coordenadas geográficas das áreas de ocorrência dos buritizeiros, garantindo a rastreabilidade dos produtos. Também serão realizadas capacitações para potencializar a troca de conhecimento entre os extrativistas, sobre boas práticas de manejo, fabricação e produção de mudas.

Promover a qualificação agroindustrial e gestão de qualidade dos derivados do Buriti

Será realizada a adequação de uma sala de 82m² da fábrica de extração de óleo de buriti, para viabilizar a legalização sanitária junto ao VISA – Vigilância Sanitária Municipal, buscando manter um espaço destinado ao processamento dos subprodutos do buriti. Visando a melhoria contínua dos produtos, também serão adquiridos equipamentos e utensílios, e também a realização de procedimentos técnicos que aumentarão a qualidade nutricional e sanitária dos derivados do buriti.

Proceder com o estudo e caracterização da cadeia produtiva do buriti para possível registro de Indicação Geográfica – IG

A Indicação Geográfica (IG) é um registro conferido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria. Nesta atividade, serão realizadas pesquisas quali-quantitativas, direcionadas a realizar o levantamento e caracterizar a cadeia produtiva do buriti para possível registro de uma IG.

Realização

Grupo Boticário

Um dos maiores grupos de beleza do mundo, o Grupo Boticário é uma empresa brasileira presente em 50 países. É dono das marcas O Boticário, Eudora, Quem Disse, Berenice?; BeautyBox, Vult, O.u.i, Dr. JONES, Truss e do marketplace Beleza na Web, além de atuar com produtos licenciados como Australian Gold e sua divisão para o mercado B2B. Essa interação entre diferentes marcas, ativos, plataformas, rede de franqueados, representantes, distribuidores, varejistas, sellers e fornecedores formam o ecossistema de beleza do Grupo Boticário que oferece, ainda, soluções digitais de gestão de negócio para o varejo brasileiro por meio das suas marcas Mooz, Casa Magalhães e GAVB. São mais de 15 mil colaboradores diretos, com mais de 4 mil pontos de venda em 1.780 cidades brasileiras.

Pautada por uma atuação responsável com o planeta, a sociedade e os consumidores, a empresa tem o ESG embutido em seu modelo de negócios. Até 2030, o Grupo prevê ampliar o impacto positivo para a sociedade por meio da gestão de resíduos com a plataforma “Uma Beleza de Futuro”, que reúne compromissos ambiciosos voltados para as dimensões humanas, ambientais e nossos processos produtivos.

A história do Grupo Boticário começou em 1977 em uma pequena farmácia de manipulação no Paraná e hoje agrega laboratório, fábrica, inovação, tecnologia, logística, marketing e varejo, em um ecossistema de 64 mil pontos de venda no varejo, parceiros e fornecedores.  A empresa atua ainda nas frentes ambientais, sociais e culturais e conta também com atuação da Fundação Grupo Boticário e Instituto Grupo Boticário. Conheça mais em www.grupoboticario.com.br

Cooperativa Grande Sertão

Constituída em 2003, busca beneficiar e comercializar diferentes produtos do semiárido, que são desenvolvidos de acordo com princípios agroecológicos. Além disso, as ações desenvolvidas pela cooperativa visam a melhoria da qualidade de vida dos cooperados e consumidores em geral, assim como a conservação do meio ambiente. A Grande Sertão possui atividades produtivas que envolvem aproximadamente 200 comunidades localizadas por 30 municípios que se encontram em expansão.  

VBIO.eco

Plataforma de bioeconomia que viabiliza projetos de valorização da biodiversidade brasileira. Conta com uma equipe multidisciplinar com mais de 12 anos de experiência em gestão de projetos e comunicação corporativa. Sua atuação já viabilizou a operação de 23 projetos de valorização da biodiversidade, e criou uma rede de mais de 500 organizações e empresas atuantes na causa socioambiental. 

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