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Em execução

Cerrado Sustentável

Fortalece o agroextrativismo sustentável no nordeste de Goiás, capacitando mais de 360 agricultores para ampliar renda e produtividade com práticas agroecológicas e manejo de espécies nativas.

Bioma

Cerrado

​Área de interesse

Agricultura Familiar

Duração

24 meses

ODS

Localização

Comunidade

O território do Cerrado é marcado por um mosaico de grandes fazendas de produção, com polígonos de mais de 500 hectares de extensão, onde são desenvolvidas atividades de produção altamente tecnológicas. Junto nessa paisagem, também existe um outro perfil de agricultor: os chamados agroextrativistas, famílias que desenvolvem o extrativismo como alternativa à cultura agropecuária tradicional para geração de renda e subsistência.


Com propriedades que possuem em média 1 a 2 hectares, essas famílias provenientes de comunidades tradicionais encontram diversos desafios para o crescimento e formalização dos seus trabalhos. Isoladas no mosaico das grandes fazendas de produção, a sua atuação descentralizada dificulta o acesso ao mercado, a padronização da produção, qualificação da sua mão-de-obra, e acesso a tecnologias que possam agregar valor ao produto e aumentar a produtividade. Assim, elas acabam trabalhando com o mercado informal, e dependem de intermediários para a comercialização dos seus produtos, que historicamente acabam ditando os termos e precificação do mercado.

São famílias que sobrevivem hoje da produção agrícola e do extrativismo, algumas com criação animal de pequena escala para consumo próprio, e renda média anual de R$6 a 20 mil. Porém, apesar de atuarem na produção agrícola, ainda têm condições de otimizar seu uso do potencial da terra. Muitas vezes por falta de orientação, ou ainda por necessidade, acabam sobreexplorando as espécies para atender ao máximo a demanda de mercado e ter um mínimo de retorno financeiro.

Existem duas realidades que serão compreendidas pelo projeto: uma é das famílias que já participam da Rede de Comercialização Solidária, porém ainda necessitam de orientação técnica, seja para aprimorar as práticas de manejo, expandir o leque de produtos trabalhados ou finalizar o processo de certificação orgânica. A outra realidade é de inclusão de novas famílias às práticas de manejo sustentável e trabalho em cooperativa, aumentando a rede de agroextrativistas atuando no manejo sustentável e orgânico do Cerrado.

Espécie

Faveira (Dimorphandra mollis)

Espécie pioneira e muito resistente, consegue se desenvolver em condições ambientais adversas. Rica em rutina, uma substância amplamente utilizada na indústria farmacêutica.


Baru (Dipteryx alata)

Alimento rico em ferro e proteína, sendo mais nutritivo e barato do que o coco ralado (que acabou sendo substituído pelo baru nas refeições escolares em Goiás).


Jatobá (Hymenaea courbaril)


Espécie resistente e rica em cálcio, com diferentes potenciais para uso. É uma ótima opção em substituição às farinhas com glúten.

Atividades

Melhorar os meios de subsistência das famílias através do desenvolvimento de cadeias de valor sustentáveis de espécies nativas

Estão sendo realizadas reuniões de mobilização, organização, planejamento socioprodutivo e avaliação de impacto do projeto, com representantes de todas as comunidades, promovendo a participação comunitária, com foco também nas minorias, como mulheres e jovens, para construir um processo conjunto de transformação social, econômica e ambiental. Dos 653 agroextrativistas pudemos observar a participação feminina alcançando 50% do total.


Transição para a produção agroecológica a partir do aprimoramento de habilidades e práticas, incluindo a certificação orgânica

Estão sendo conduzidos workshops de manejo e pré-processamento sustentável, e certificação orgânica participativa, além do intercâmbio sobre agroecologia de agricultor para agricultor para disseminar práticas mais resilientes de reprodução, com o objetivo de construir capacidade técnica. Também está sendo realizado o acompanhamento do manejo das famílias e a organização da produção para beneficiamento e comercialização dos produtos em parceria com a Coopcerrado. 360 foram capacitados até agora e, consequentemente, levou ao aumento de 10% na produtividade e 25% na fertilidade do solo.


Conservação da biodiversidade do Cerrado

Estão sendo realizadas visitas técnicas nas propriedades das famílias participantes, para mapeamento das áreas potenciais para enriquecimento, fornecimento e supervisão do plantio de mudas de baru (Dipteryx alata), além da orientação em práticas agroecológicas e análise de solo para implementação da técnica de sequeiro. Até o momento 360 propriedades já foram visitadas, onde 260 já implementaram o ciclo da bananeiras.

Impacto

653

agroextrativistas mobilizados e integrados à Rede de Comercialização Solidária.


50%

de representatividade feminina entre os agroextrativistas participantes.


70

centros comunitários criados.


10%

de aumento na produtividade e na renda no Ano 1 e 20% no Ano 2.


95%

de satisfação dos participantes.


600kg

por família/ano de produção.


50

novos processos de certificação orgânica iniciados.


25%

de aumento na fertilidade do solo.


20

novas árvores introduzidas por propriedade, aumentando a diversidade de espécies.


77.200

mudas plantadas, incluindo baru e outras espécies.


70

monitores capacitados.


Instituto Louis Dreyfus


O Instituto Louis Dreyfus é o representante da Louis Dreyfus Foundation no Brasil, braço filantrópico da Louis Dreyfus Company, empresa do setor de commodities agrícolas. O Instituto possui uma política de investimentos norteada para o apoio a projetos que ajudam pequenos agricultores e comunidades rurais a se tornarem autossuficientes, contribuindo para a segurança alimentar e aliviando a pobreza.

CEDAC


Constituído em 2022, com o propósito de assessorar comunidades rurais do Cerrado para a superação da pobreza e da injustiça social, por meio da valorização do saber-fazer destas comunidades sobre o Território - Bioma - Cerrado. A Rede de Comercialização Solidária mobilizada pelo CEDAC, cujos princípios saem do Centro Nacional de Agroecologia, viabiliza o desenvolvimento de práticas sustentáveis nos cerrados, com agregação de valor a produtos voltados para alimentação, medicamentos, cosméticos, entre outros.

VBIO.eco


Plataforma de bioeconomia que viabiliza projetos de valorização da biodiversidade brasileira. Conta com uma equipe multidisciplinar com mais de 12 anos de experiência em gestão de projetos e comunicação corporativa. Sua atuação já viabilizou a operação de 23 projetos de valorização da biodiversidade, e criou uma rede de mais de 500 organizações e empresas atuantes na causa socioambiental. 

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